quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Professores da E. E. P. T. N. fazem viagem

Nos dias 07 a 11 de Setembro de 2011 os professores (e outros funcionários) da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves estiveram em excursão à cidade de Porto Seguro, Bahia. Foram momentos de muito lazer, relaxamento e descontração em meio às praias e outras belezas naturais da região. A viagem também proporcionou aos educadores (todos os professores da disciplina História da Escola estiveram presentes: Fabiano Alves Pereira, Kennedy Sena, Levon do Nascimento e Zilma Dutra) a expansão do seu universo cultural por meio de visita às aldeias indígenas da Costa do Descobrimento localizadas em Santa Cruz Cabrália, nos limites dos rios Mutá e Mutari, alcançando a BR-367, que liga o município a Porto Seguro. Tem uma área de 77 ha. Nas proximidades, dentro da Mata Atlântica, tem uma Reserva Indígena de cerca de 2500 ha. Sua população compreende umas 30 famílias puras e outras mais de 200 miscigenadas.
 
Consta que a aldeia se originou com a chegada da família do Pajé Itambé, em 1972, vinda da reserva indígena de Barra Velha.

O Pajé Itambé, de nome de batismo Alberto Espírito Santos Matos, 65a., tem loja de artesanato e farmácia homeopática. É a figura mais conhecida da comunidade, junto ao índio Boré, muito requisitado por seus trabalhos de curandeirismo.

Os Pataxós de Coroa Vermelha vivem, basicamente, do artesanato e, uns poucos, das roças da mandioca e do milho, praticadas na Reserva Indígena; e da pesca, realizada no mar. No artesanato: "... coisas de pena, chocalho, leque, tanga, arco e flecha, gamela, colher de pau,...".

Na aldeia encontra-se o Marco da Primeira Missa celebrada no Brasil, em 26 de abril de 1500, pelo Frei Henrique Soares (de Coimbra). Uma cruz é o símbolo do início da evangelização no Brasil. Está fincada na praia, em frente ao ilhéu, onde em sua parte emersa, foi celebrado o ato religioso. Diz-se que, originariamente, uma pequena cruz de madeira foi ali colocada pelos Capuchinhos, em 3 de março de 1898. Recentemente, a cruz de madeira foi substituída por uma outra de aço, perdendo toda a magia do simbolismo primitivo, e a referência ao pau-brasil. Neste centro turístico os índios, vestidos a rigor, vendem seus artesanatos e dançam e cantam em torno da cruz.

Há uma escola de primeiro grau dentro da comunidade, com professoras índias, que procuram preservar os costumes e as tradições indígenas. Cerca de 244 alunos freqüentam as salas de aulas.
Um Posto Médico da FUNAI atende aos índios, com a presença semanal de um médico. Normalmente os índios procuram os Postos Médicos e Hospitais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e Belmonte.

A qualidade de vida dos índios de Coroa Vermelha não é satisfatória, pois a roça produz pouco e a pesca é modesta. A venda do artesanato é fraca "... tem dia que a gente vende nada.... bem pouco". "O índio tem vez que está, até, passando fome aqui". Muitas casas de índios, de condições precárias, não têm gás de cozinha, luz elétrica e água encanada. Esta é pega no chafariz da escola. Alguns índios abandonaram o artesanato e vivem da venda de bebidas alcoólicas e cigarros, em biroscas.

Os ventos das comemorações dos quinhentos anos do descobrimento do Brasil trouxeram novo alento para a tribo de Coroa Vermelha, pois foi construído um novo Centro de Artesanato Indígena e edificadas casas de alvenaria que irão beneficiar boa parte dos índios.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Consumismo" é o tema da Escola Tancredo no 7 de setembro

Desfile da EEPTN no 7 de setembro de 2011
denuncia o "Consumismo"
estimulado pelo sistema capitalista
Texto oficial para o desfile da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves nas comemorações da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 2011, Taiobeiras (MG). Autor: Prof. Levon do Nascimento.

Neste 7 de setembro de 2011, quando se completam 189 anos da Independência política e administrativa do nosso Brasil, a Escola Estadual Presidente Tancredo Neves tem o orgulho de propor uma reflexão que vai além das questões sociais, políticas e econômicas do país. Falamos, verdadeiramente, do futuro do Planeta Terra, do prosseguimento da existência humana e da salvação da vida, como um todo.

O modo de produção capitalista, em sua ditadura do consumo, é pródigo na produção de tecnologias supérfluas e descartáveis. Tudo para nos fazer sentir necessidade daquilo que não necessitamos. Não há freio para a inovação. Todos os dias, novidades são lançadas no mercado. No entanto, o objetivo não é o bem estar da pessoa humana. A meta é, sempre e mais, o acúmulo do capital e o enriquecimento de poucos indivíduos e grupos econômicos, num mundo onde bilhões de homens, mulheres, idosos e crianças são vistos como meros fantoches em suas mãos.

O discurso e a propaganda conduzem as mentes e os corações de todos, especialmente dos mais jovens, não para o verdadeiro exercício da sabedoria e do discernimento, mas para a alienação e a cobiça. Diariamente escutamos e vemos:


– “Compre!”;
– “Você não pode deixar para depois, compre agora!”;
– “Seja feliz, peça já para o seu pai ou a sua mãe!”;
– “Você precisa!”.


Será que precisamos mesmo? No capitalismo, a única coisa que interessa é que o Ser Humano se transforme em nada mais do que um CONSUMIDOR. Você só é gente se consumir. Consumir, eis o verbo mágico dos tempos em que vivemos. “Consumo, logo sou”, poderia se dizer, parafraseando o grande filósofo Descartes. A pessoa só é vista como gente quando se porta como uma grande compradora e devoradora de bens de consumo.

O ser humano está se reduzindo à condição parasitária de um grande produtor de reservas de lixo, fruto do consumo desenfreado, frenético e sem planejamento. A moda e os modismos nos induzem e incutem em nós o desejo irrefreável de comprar, usar e descartar. Novamente, comprar, usar e descartar. E assim por diante, comprar, usar e descartar.

Está chegando o dia em que a Terra, nossa casa e nossa mãe, não aguentará mais tanto descarte, tanto lixo, tanta cultura e tanta moda de destruição voraz.

Enquanto uns consomem muito, até aquilo de que não têm necessidade premente, outros, como nas periferias das cidades e do mundo, passam fome, frio e sofrem das mais variadas doenças, além de estarem sujeitos às intempéries climáticas resultantes da própria má-ação humana sobre o meio ambiente.

Reflitamos: Que nosso consumo seja controlado e dentro do necessário para suprir a existência. Sejamos seres humanos livres. Libertos e independentes, porque há algo em nosso coração. Nãos mais escravos dos produtos descartáveis com os quais enfeitamos nosso corpo e nossa alma! Mais do que aparência consumista e artificial, tenhamos consistência e conteúdo interior.