Autor: Fabiano Alves Pereira
PREFÁCIO
Como
ilustração, a capa deste conto trás uma sucessão de imagens mostrando uma
lagarta que por fim torna-se uma linda borboleta. O objetivo de tais cenas é
mostrar que é possível para um ser humano com atitudes indesejáveis no meio
social em que ele está inserido, mudar seu comportamento e assim passar a ser
reconhecido como uma pessoa de bem. Partindo desta perspectiva, mitos
construídos tais como “Pau que nasce torto, morre torto” mostram-se ineficazes.
Há
uma grande série de relatos da vida real que nos mostram claramente que a
regeneração humana é possível. Como que no milagre da transformação da lagarta
em borboleta, muitos têm abandonado fortes características negativas já
enraizadas mesmo por anos e passando a demonstrar na prática que realmente são
grandes exemplos de vidas transformadas.
Para
mim o universo é como se fosse uma gigantesca máquina cheia de peças
interligadas entre si. Cada um de nós é uma parte diferente de fundamental
importância. Assim, não devemos jamais desconsiderar o grande efeito que um
simples gesto, palavra ou ação de nossa parte pode proporcionar (de maneira
favorável ou desfavorável) em relação à harmonia que deve existir de maneira
universal.
Espero
que a leitura deste conto possa levá-lo a acreditar no potencial humano para
mudanças e faze-lo perceber que todos nós possuímos meios para proporcionar
alguma transformação significativa em relação a alguém que nos cerca. E que
assim você possa ser motivado a buscar de forma prática, oportunidades para
empenhar-se em usar todos os recursos que possuiu visando o bem estar não
apenas individual, mas acima de tudo, o coletivo.
O
autor
O Desemprego
Desde muito
jovem, seu Gumercindo, um senhor não muito alto, de pele escura, com aparência
sofrida pelo desgaste proporcionado por longos anos de serviço diário como boia-fria
para uma grande empresa de plantação de eucalipto na cidade de Taiobeiras, [1]
acordava quando ainda era madrugada a fim de começar mais um dia de muito
esforço e dedicação. Sempre se esforçou a ser um bom funcionário. A vasta
experiência adquirida com o tempo granjeou-lhe o respeito e admiração de muitos
à sua volta.
Tudo parecia
ir muito bem, até que em certa ocasião, seu patrão, o senhor Ozório Inácio de
Sá, reuniu todos os funcionários e informou-lhes que a empresa seria fechada.
No entanto, assegurou-lhes que era apenas uma questão de tempo, no final tudo
ficaria bem, pois lhes garantiu que estava tomando as providências necessárias
a fim de empreender em novo negócio. Quando tudo estivesse pronto,
recontrataria todos os ex-funcionários.
Tal situação
fez com que seu Gumercindo ficasse um tanto preocupado, pois embora ganhasse
pouco na plantação de eucalipto, este era o meio usado por ele para sustentar
sua esposa e seus quatro filhos. Considerando as garantias de ex-patrão apenas
como promessas políticas, viu-se sem esperanças e procurou de imediato
encontrar outro emprego. Por quatro meses, dia após dia procurou em vão nos
mais variados lugares alguma oportunidade de trabalho.
Certa vez,
tentou conseguir uma vaga como polonizador de flores de maracujá em uma grande
plantação. Como justificativa para não o aceitarem, foi informado de que em
função da má produção decorrente de secas prolongadas que há tempos castigavam
o município, era inviável manter um número tão elevado de funcionários. Assim, não estavam contratando mais pessoas e
consequentemente, dentro em breve, muitos seriam demitidos.
Pequenos furtos
Uma de suas
filhas, Fernanda, menina de aparência muito bela, estando ao sábado passando
entre as barracas da feira, notou uma pequena bolsa sobre uma das bancas. A
dona da barraca estava distraída conversando com uma de suas comadres. Assim,
Fernanda, tomada pelo desespero, cogitou a possibilidade de apoderar-se de tal
bolsa. Ela nunca tinha roubado antes. Embora de família de poucos recursos,
sempre tinha sido educada a respeitar o que pertencia a outros. No entanto,
naquele momento, o desejo que ela alimentou em relação a apoderar-se de tal
bem, sobrepujou as instruções que por longos anos seus pais haviam procurado
incutir-lhe. Assim, rapidamente, agarrou a bolsa e discretamente sumiu entre a
multidão. Andou alguns metros à frente e próximo ao Banco do Brasil, na Avenida
da Liberdade, abriu a bolsa onde havia apenas algumas moedas perfazendo um
total de cerca de cinco reais. Jogou a bolsa ali mesmo ao chão e levou o
dinheiro para casa. Ao chegar disse:
-
Pai, veja o que consegui!
-
Minha filha! Deus a abençoe, isto vai nos ajudar muito.
O
pai pegou o dinheiro e nada indagou à filha. Sentiu-se feliz, pois o seguro
desemprego já havia esgotado, e naquele dia, eles literalmente não tinham nada
para comer. A mãe observando atentamente a cena esperou até que Fernanda se
retirasse e disse:
-
Gumercindo, temos de saber de nossa filha como ela conseguiu esse dinheiro, não
podemos simplesmente aceitar e ficar calados.
-
Calma, Juvelma, sempre orientamos nossos filhos sobre o que é certo e o que é
errado, se ela conseguiu este dinheiro, confio nela, sei que o fez de forma
digna e honesta!
Embora
Juvelma também confiasse em muito em sua filha, não achou apropriado o proceder
adotado por seu esposo. Mas, como era muito submissa, calou-se.
Fernanda,
ao perceber que dois dias haviam se passado e que seus pais não a questionaram,
concluiu que fazendo isso mais vezes seria uma forma de ver os seus irmãos mais
novos não mais carecendo necessidade e, além disso, conquistar ainda mais o
carinho de seus pais. Sendo assim, passou a fazer pequenos furtos quase que diariamente
e trazer o que conseguia para casa. Muitas vezes dinheiro, noutras, verduras,
frutas e outros alimentos em geral.
O fragrante
Um ano já
tinha se passado, Fernanda havia ganhado muita experiência em roubar sem ser
notada, achava que nunca seria descoberta.
Um dia, notou
um rapaz com cerca de 23 anos aproximar-se de uma barraca de pastéis. Após
pedir um pastel de carne e come-lo ali mesmo, meteu a mão em dos bolsos
traseiros de sua calça, retirou a carteira, abriu-a e tirou uma nota de dois
reais. Após receber o troco, guardou-o dentro da carteira, fechou-a e meteu a
novamente no bolso. Fernanda, atentamente acompanhava-o com olhos a certa
distância. Percebeu que metade de sua carteira ficou fora do bolso. Viu então a
oportunidade de rapidamente retira-la sem que ele percebesse. Assim, tentou
executar tal ação. No entanto, por ser de rápidos reflexos, virou-se
imediatamente e viu-a correndo em fuga com sua carteira na mão. No mesmo
instante, pôs se também a correr em seu encalço. Foi um grande percurso. Ela
passou pela Avenida da Liberdade, virou na Praça da Matriz e seguiu mais à frente, virando à esquerda na
Rua dos Pereiras. Desesperadamente entrou em uma construção abandonada (Uma
casa parcialmente construída, sem reboco e muros na frente) e escondeu-se em um
dos cômodos.
A ilustração
O rapaz
(Flávio), entrando na casa logo depois, sabia que se procurasse a encontraria
escondida ali em algum lugar. Porém, não procedeu de tal forma, Ao invés disso,
tirou de um de seus bolsos dianteiros uma caneta e uma folha de papel e começou
a escrever algo. Ao terminar, deixou o papel sobre o chão e retirou-se.
Fernanda,
curiosamente acompanhou a escrita por uma fresta na parede. (No entanto sem
conseguir ver o que ele estava escrevendo) Esperou um pouco e em seguida
aproximou-se da folha de papel, abaixou-se, pegou-a em suas mãos, levantou-se e
começou a ler:
-Prezada
senhorita, gostaria que, por favor, prestasse detida atenção à seguinte
ilustração:
Um certo homem
tinha 2 filhos. Certa vez seu filho mais novo disse:
- Pai, eu
gostaria de sair de casa, conhecer o mundo, trabalhar... Com o tempo,
retornarei para o visitar e ficaria muito feliz se o senhor não me impedisse.
O pai não
impediu o filho de tal decisão, mas disse em resposta:
- Por favor
meu filho, leve consigo este pedaço de tábua, toda vez que cometeres um erro,
pregue um prego nela.
Assim, depois
de aprontar algumas coisas o filho partiu.
Dois anos
depois, um certo dia o pai avista o filho retornado, sai correndo pela estrada,
abraça-o ternamente e diz:
- E aí filho,
foi bem sucedido
- Sim pai,
fui. Hoje sou um grande empresário. Tenho diversos funcionários, o que
proporciona muito dinheiro.
- O pai
sentiu-se feliz com o progresso material do filho, mas lembrou-lhe:
- Filho, cadê
aquela tábua que dei a você?
Neste momento,
mudou-se o semblante do filho, muito triste e envergonhado, retirando de uma de
suas malas, mostrou a tábua cheia de muitos e muitos pregos a seu pai.
- Filho, você
pretende retornar?
- Sim pai,
deixei negócios lá fora. Só estou aqui passando férias.
- Faça o
seguinte meu filho, a cada vez que você conseguir consertar um dos seus erros,
arranque um prego da tábua.
Depois de passar
alguns dias com o pai, o filho novamente se foi.
Cerca de mais
ou menos 2 anos após tais acontecimentos, novamente o filho retorna à sua casa.
Seu pai percebe logo que dessa vez ele não chega tão feliz como da última vez,
e após abraça-lo carinhosamente, indaga:
- O que
aconteceu meu filho, não foi bem sucedido?
- Sim pai.
Melhor do que dá última vez. Hoje tenho o triplo do número de funcionários que
tinha antes, abri filiais no exterior, financeiramente estou ótimo.
- Então filho,
por que tal tristeza?
- Pai,
lembra-se da tábua?
-Sim. Onde
está?
O filho
mostra-a ao pai, este percebe que todos os pregos haviam sido arrancados. Assim
argumenta:
- Filho se
você retirou todos os pregos, que ótimo, isto significa que você conseguiu
consertar todos os seus erros. Estou sem entender por que então é que você está
tão abatido.
- O filho diz
então ao pai:
- Pai, os
pregos eu consegui tirar, mas ficaram marcas que não se apagarão jamais!
A Reflexão
Ao terminar a
leitura, Fernanda não conseguiu se conter, chorou profundamente, pois entendeu
claramente a lição. Refletindo sobre sua vida, compreendeu que se a continuasse
conduzindo da forma em que estava, o arrependimento poderia vir de forma
tardia, deixando sérias consequências irreversíveis.
Retornando
para casa, durante a noite não conseguiu dormir, o que leu causou um profundo
efeito sobre ela. Estava disposta a mudar de vida.
No dia
seguinte, foi à procura de Patrícia a fim de desabafar. Patrícia desde muito
cedo, (com cerca de 10 anos de idade) havia começado a se prostituir. Ao saber
das intenções de Fernanda de não mais praticar furtos, e ficando a par do
conteúdo da carta, riu desdenhosamente de Fernanda, pois não encarava as coisas
de tal forma. Argumentava que a vida dos que se esforçam a agir como a
sociedade espera é muito desumana, uma minoria rica, em contraste com uma
grande maioria que não tem onde cair morta. Segundo ela, o mundo é dos mais
espertos, portanto, não devemos buscar a aprovação das pessoas à nossa volta.
Coisas como roubar ou se prostituir são apenas meios mais fáceis e seguros de
conseguirmos aquilo que de outra forma dificilmente conseguiríamos e afinal, a
vida é nossa, ninguém tem nada com isso, portanto ninguém tem o direito de nos
dizer o que é ético e não ético o que é moral e o que é imoral.
Expondo a verdade
Fernanda não
deu ouvidos à “amiga”, estava determinada a ser uma nova pessoa, parou com os
furtos, mas queria agradecer pessoalmente àquele que contribuiu grandemente
para a mudança em sua atitude. Todos os sábados retornava à barraca de pastéis
para ver se o encontrava, mas voltava sem nenhum resultado positivo.
Seu pai já
havia se acostumado e acomodado por sua filha (Fernanda) sempre aparecer com
dinheiro ou alimentos, que não mais saía para procurar emprego. Entretanto,
algumas semanas após tais acontecimentos, incomodava-lhe o fato de que Fernanda
não mais trazia nada para casa. Assim resolveu pergunta-la:
- Minha filha,
o que houve?
Neste momento
o coração de Fernanda, disparou. Estava demorando, ela já esperava que isso
iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Sem esconder nada, ela expôs aos seus
pais toda a verdade.
Numa reação furiosa,
seu pai a expulsou de casa, pois não acreditava na mudança de Fernanda, ele
berrou:
- Pau que
nasce torto, morre torto, se você roubou muitas vezes, com certeza vai voltar a
roubar de novo. Que vergonha, que vergonha, não aceitarei uma ladra dentro de
casa. Fora daqui, fora daqui!
Resposta à oração
Obrigada a
sair de casa, com apenas a roupa do corpo, não sabia o que fazer. Bateu em
algumas casas perguntando se precisavam de uma empregada doméstica, mas não
encontrou ninguém que pudesse lhe ajudar. Pôs-se a chorar e caindo de joelhos
suplicou:
- Oh Deus,
confio em ti, por favor, preste atenção aos meus rogos, ampara-me neste momento
de aflição, ajude-me! Ajude-me! Ao abrir
os olhos, notou que um homem afixava um anúncio do lado de fora de sua loja que
dizia, “Precisa-se de funcionárias”! Enxugando as lágrimas aproximou-se em sua
direção e disse:
- Por favor eu
gostaria de uma oportunidade.
- Quem é você?
Embora
temerosa, ela respirou fundo e contou a ele tudo o que tinha ocorrido. Ele
chamou sua esposa, e após conversarem, resolveram dar um voto de confiança à
moça que parecia muito sincera.
Com a ajuda do
senhor Samuel e de sua Esposa Adriana, donos de uma loja de roupas muito
conhecida em toda a cidade, conseguiu se hospedar em uma pequena pensão por um
preço bem abaixo do comum. Agora não estava mais só, havia pessoas realmente
dispostas a ajudá-la.
O reencontro
Fernanda era uma
excelente funcionária. Antes de ir para a loja gostava de caprichar no visual,
se arrumava muito bem. Atendia os fregueses de uma forma muito cordial, sempre
com um belo sorriso muito doce e com palavras muito suaves.
Um
dia, em época de fim de ano, o comércio muito agitado em virtude das compras
para o natal, final do expediente, já um pouco cansada por um dia bem atarefado
de trabalho, todas as outras funcionárias já tinham ido embora, apenas ela
estava lá, pois era encarregada de fechar a loja, entra um rapaz um pouco
tímido e diz que gostaria de comprar uma calça. O cansaço não a impediu de
tratá-lo de maneira muito cordial. Ao ver aquele doce sorriso, ficou cativado,
sentiu seu coração bater mais forte, nunca tinha sentido isso antes, será que
tinha se apaixonado? Além de comprar uma calça, o rapaz comprou também uma
camisa, despediu e se foi. Depois desse episódio, pelo menos uma vez por semana
retornava à loja. Seu pretexto era sempre o de comprar algo, no entanto, a
verdade era que buscava oportunidades de ver Fernanda, pois ficar sem vê-la por
apenas alguns dias era motivo de fazê-lo perder noites de sono, sonhando com
aquele jeito tão carinhoso que ela lhe tratava.
Passado cerca
de um mês, ao entrar na loja, percebeu que não havia movimento, apenas Fernanda
estava lá, arrumando algumas roupas. Aproximou-se e começou a conversar com ela
perguntando lhe como havia sido o dia, se havia vendido muito... Ficou sem
palavras, pois apreensivo como estava, não sabia mais o que dizer. Um silêncio
constrangedor invadiu a loja, ele criando coragem, segurou-lhe a mão que estava
sobre o balcão e olhou bem fundo nos seus olhos. Neste momento, Fernanda,
sentiu um forte desejo de fazer algo que nunca havia feito antes. Retribuindo o
olhar profundo, e mesmo com as mãos suando, encostou-se cada vez mais perto
dele, fechou os olhos e ele lhe deu um beijo apaixonadamente. Ao abrir os
olhos, Fernanda passou a contemplar aquele rosto sereno e desconfiou que aquela
face lhe era familiar. Forçou um pouco a memória e num ímpeto a lembrança lhe
veio à tona, causando nela um grande espanto. Aquele rapaz era aquele que ela
havia roubado a sua carteira há um tempo atrás. Descontrolada, começou a
chorar. Ele não entendeu, pois não lembrava de sua fisionomia. Ela pediu
desculpas e disse a ele que, por favor, retornasse outro dia, pois ela tinha
que fechar a loja. Ele disse:
- Está tudo bem
mesmo, me desculpe se fiz algo que não devia, quer que eu a leve em casa?
Ela respondeu
dizendo que não precisava, e disse ainda chorando:
- Por favor vá
embora, vá embora!
Todo sem
jeito, não lhe houve alternativa se não a de se retirar.
Aquele beijo
não saía do pensamento de Flávio. Todos os dias ao ir para o trabalho passava
próximo à loja e a certa distância ficava a admirá-la. Não se aproximava mais,
pois tinha receio do que poderia acontecer.
Acreditava que havia um bom motivo para Fernanda ter reagido de tal
forma. Mas não sabendo a real causa, ficou intrigado.
A lição de não julgar
Passados 15
dias, lá estava ele novamente a observá-la, mesmo de longe. Fernanda percebeu a
sua presença, mas fingiu que não vê-lo. Em sua casa à noite, meditou
profundamente em como dizer lhe a verdade, porém a angústia e o temor lhe
controlavam a mente e o coração. Sentia medo, medo da rejeição. Como ele a encararia
ao descobrir que por muito tempo ela tinha sido uma ladra? Não era possível
saber a sua reação, ao menos que lhe contasse toda a verdade. Assim, Fernanda
reuniu coragem de decididamente, no dia seguinte ao vê-lo parado do lado de
fora, não perder a oportunidade. Cogitou durante boa parte da noite sobre o que
dizer. Depois de algumas horas, caiu em profundo sono.
Na manhã
seguinte, acordou bem cedo. Depois de arrumar-se como de costume e tomar o café
da manhã, partiu em direção ao trabalho. Chegando lá, não demorou muito para
avistá-lo do outro lado da rua. Assim, foi ao seu encontro, e ali em plena
praça Joaquim Teixeira, lançou-se em seus braços e abraçou-lhe de maneira muito
terna, dizendo em seu ouvido que o amava tanto e tinha muito medo de perde-lo.
Dita a verdade
de modo completo, a emoção tomou conta dos dois.
Para sua
surpresa, ele retirou um lenço do bolso e enxugando-lhe o rosto, disse
calmamente:
-Querida Fernanda, há alguns anos
atrás precisei fazer uma viagem à Montes Claros. Na rodoviária, havia uma fila enorme, muitos
querendo entrar no ônibus, prestes a partir. Uma senhora com um bebê nos braços
percebeu que não havia mais poltronas vazias, assim ficou de pé. Ao seu lado um
rapaz, estando sentado disse:
- Senhora, se
desejar eu posso segurar o bebê.
Ela, com
semblante fechado, lhe entregou a criança e aproximando-se a mim que também
estava de pé um pouco mais atrás, sussurrou em meu ouvido:
- Como pode? Ora, “Eu posso
segurar o bebê”! Um rapaz tão jovem, isso é o máximo que ele pode fazer? Nem
sequer me ofereceu o lugar!
Educação? Zero! Ah, o mundo hoje
é assim mesmo, as pessoas só pensam em si, ninguém se importa mais com o
próximo.
- Chegando ao local de
destino os passageiros começam a descer. A senhora ainda mal humorada, retirou
o bebê dos braços daquele rapaz, sem ao menos agradecer-lhe.
Fora do ônibus, arrumando os
seus pertences, uma cena chamou-nos a atenção. Observamos descendo do ônibus,
aquele mesmo rapaz sendo carregado pelos braços de um outro homem. Viramos-nos para o lado, e notamos a cadeira
de rodas pronta para recebê-lo. Foi só aí que percebemos: Aquele rapaz era
deficiente físico!
A partir de tal
acontecimento, tornei-me uma outra pessoa, passei a perguntar-me: Por que
julgamos outros? Por que olhamos a aparência externa das coisas? Por que não
confiamos em nossos semelhantes? Decidi que na medida do possível iria
contribuir ao máximo para que as pessoas agissem de modo diferente. Conclui que
isso só seria possível educando-as. Desta forma, formei-me como professor e
sempre que possível conto ou escrevo alguma ilustração, pois creio que todos
merecem um voto de confiança, penso que todos podem mudar e acredito sinceramente
em sua mudança. Só o fato de não me ter escondido nada, é uma prova de que
realmente deseja construir um sólido e sério relacionamento, sem mentiras,
baseado em confiança mútua e com boa comunicação.
Tais palavras fizeram com
que ela admirasse Flávio ainda mais. Flávio mostrava ser um excelente exemplo
de força de caráter e muitas outras qualidades desejáveis.
De volta ao lar
Incentivada por seu
namorado, Fernanda foi à procura de seus pais, estava com muito medo. Ao
chegar, percebeu que os ânimos haviam-se acalmados. Seu pai não estava mais
desempregado, agora trabalhava em uma empresa de reciclagem ganhando três vezes
mais do que ganhava anteriormente. O senhor Ozório havia cumprido sua promessa,
todos os ex-funcionários haviam sido recontratados para trabalharem em um novo
negócio, uma usina de reciclagem. Depois de conversarem por cerca de uma hora,
Fernanda pediu que seu pai a perdoasse por tudo que tinha acontecido. Seu pai
abraçou-lhe e disse que ela que o deveria perdoar, pois refletindo melhor no
que aconteceu, reconheceu que ele tinha uma grande parcela de culpa, pois,
desde o início deveria ter escutado sua esposa e procurado saber onde e como
ela conseguia o que trazia para casa, e assim teriam cortado o mal pela raiz.
Assim ele se considerava de certa forma culpado e responsável pelo que
aconteceu. Fernanda, entretanto, assegurou-lhe que sempre o considerou um
excelente pai, agradeceu-lhe pela boa educação recebida desde pequenininha e
disse que ela foi a única responsável e culpada por tudo que havia acontecido,
mas que lamentava muito ter conduzido a sua vida de tal forma contrária àquilo
que havia recebido de berço.
Após abraçarem ainda mais,
decidiram não mais falar de tal assunto.
Resolveram colocar uma pedra no passado, pois concluíram que viver de
passado seria sofrer duas vezes. Assim, procuraram recomeçar uma nova vida.
Fernanda, seu pai, sua mãe, seus três irmãos mais novos e o apoio de Flávio que
foi muito bem acolhido por toda a família.
Após cerca de um ano,
Fernanda e Flávio se casaram e foram morar a apenas algumas quadras depois da
casa dos pais de Fernanda. Deste modo,
Fernanda pôde continuar a dar atenção às necessidades materiais e emocionais de
seus pais que nesta ocasião já eram bem idosos.
E Patrícia?
Desejando saber o que havia
acontecido com sua amiga Patrícia, visto que havia perdido o contato, há anos
não a via, foi à casa dos seus pais e perguntou sobre ela.
Ficou muito alegre quando
soube que Patrícia com o tempo caiu em si, deu-se conta que não devia conduzir
a vida da maneira como estava agindo. Encontrou um emprego decente, e por
mostrar muito comprometimento, foi aos poucos ganhando a confiança e o respeito
das pessoas que a conheciam.
Chegou a ter um
relacionamento sério, que levou-a ficar noiva. No entanto, preocupada com sua
saúde, resolveu fazer alguns exames, foi aí que descobriu que infelizmente
estava com AIDS. A doença foi definhando-a cada vez mais até que por fim
levou-a a morte.
Ao ouvir este relato
verídico, Fernanda reconheceu de forma ainda mais firme a veracidade da
declaração que lera tempos atrás: “Os pregos eu consegui tirar, mas ficaram
marcas que não se apagarão jamais”. Sim, o homem colhe aquilo que planta. Nossa
vida futura será fruto das escolhas que agora estamos fazendo.
O novo negócio do senhor Osório
Numa bela tarde de
primavera, Flávio e Fernanda foram visitar a usina de reciclagem onde seu
Gumercindo trabalhou até se aposentar. Ao chegarem, foram cordialmente
recebidos pelo proprietário, o senhor Osório. Depois de conversarem um pouco,
Fernanda querendo tirar uma dúvida, perguntou-lhe:
- Senhor Osório, o que o
motivou a deixar os negócios com eucalipto e construir uma usina de reciclagem?
Ao que ele respondeu:
- Tudo aconteceu há algum
tempo atrás quando cheguei em casa e
notei um exemplar do Jornal Folha Regional sobre a mesa. Um artigo em
especial chamou-me a atenção. Ainda recordo vividamente o que nele dizia:
“Hoje, ao amanhecer o dia, encontrei-me não
na alegria, mas sim na tristeza.
Irei explicar:
No início eu era linda, já posei muito para
fotos e todos me admiravam.
Na aurora de cada manhã, a sinfonia dos
pássaros encantava a todos. Eu não me preocupava, pois a cada dia que passava
me tornava cada vez mais bela.
É, mas a realidade é que os tempos mudaram. O
Homem se tornou ruim.
Quantas e quantas vezes até mesmo fogo
puseram em mim.
Hoje sou feia, suja, contaminada.
Mas espere, eu ainda não morri. Mesmo
difícil, minha situação poderá reverter-se e eu voltarei a ser bela outra vez.
Isso irá depender em grande parte de você.
Ih, é mesmo, eu já ia esquecendo de me
apresentar. Sabe quem sou?
Sou a Natureza, devastada e poluída.
Até amanhã! Quer dizer:
Se amanhã eu ainda existir”.
O que li me fez refletir
concernente a que contribuição eu estava proporcionando ao meio à minha volta.
Percebi que uma usina de reciclagem seria muito mais benéfica no intuito de
proporcionar algo de bom às gerações futuras. Não me arrependo do que fiz, se o
homem não fosse dominado por um senso de orgulho egoísta, pensado apenas no seu
bem estar próprio e estando mais interessado com o bem estar de outrem, a vida
certamente seria muito mais satisfatória. Nem todos, principalmente muitos
grandes empresários que conheço, elogiam o que fiz. Mas não me importo. Estou
em paz com minha consciência. Mesmo que todos pensem e ajam diferente, o
importante é que eu estou fazendo a minha parte.
Flávio acompanhou
silenciosamente as palavras proferidas pelo senhor Osório. Apenas ao chegar em
casa é que comentou algo a respeito. Procurou em seu arquivo um exemplar
daquele número do Folha Regional, ao encontra-lo disse a Fernanda que sentia-se
muito feliz com a experiência que acabara de presenciar, pediu a Fernanda que
lesse atentamente o artigo, ela o leu, arrepiou-se ao final da leitura que
dizia: “Autor: Flávio Santos”. Sim! Aquele artigo havia sido escrito por
esposo. Assim, mais uma vez, Fernanda percebeu que não é preciso se fazer
muito, é por meio do que parece ser pequenas ações que são produzidos grandes
resultados, através deles, notamos exemplos claros de vidas transformadas!
[1] O município de Taiobeiras está localizado
no extremo norte do Estado de Minas Gerais. Compõe com outros municípios a Zona
Fisiográfica de Itacarambira e a Microrregião homogênea do Alto Rio Pardo (159)
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Junto com Águas Vermelhas, Montezuma, Rio Pardo de Minas,
Rubelita, Salinas e São João do Paraíso, Taiobeiras configura a Microrregião 53
de Salinas, da macrorregião 8, no contexto das Regiões Administrativas (RA) da
Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral do Governo do Estado
de Minas Gerais.
O município compõe uma das nove
microrregiões da associação dos municípios da área mineira da Agência de
Desenvolvimento do Nordeste – ADENE, a AMANS, denominada Alto Rio Pardo,
integrando os Vale do Rio Pardo e do Rio Jequitinhonha. (Fonte: Prefeitura
Municipal de Taiobeiras)
Excelente o texto, Fabiano. Talvez fosse interessante publicá-lo capítulo a capítulo, para facilitar a visualização. Apenas uma sugestão. Precisa ser publicado. Dá um livro de primeira.
ResponderExcluireu tbm gostei mto do seu texto fabiano
Excluiressa cronica acaba sendo uma licao de vida pois se o homem não fosse dominado por um senso de orgulho egoísta, pensado apenas no seu bem estar próprio e estando mais interessado com o bem estar de outrem, a vida certamente seria muito mais satisfatória.eu achei mto enteressante e na minha opniao comcordo con levon, vc deveria pensar em escrever um livro
brunna caroline santana barbosa
sala: 5
turma: sabedoria
Excelente o texto.Ótimo incentivo para a leitura e escrita dos alunos.Excelente para se repensar as atitudes e promover mudanças significativas.
ExcluirParabéns!
Gostei muito do texto, que se trata de uma família que sofrem algumas transformações que por fim dá tudo certo , gostei muito do personagem da fernanada.Parabéns pelo exelente texto ,que você continue assim tendo esse don para criar varios outros!!!!!!
ResponderExcluirAlex Pereira dos Santos
Sala:5
Turma:Sabedoria
çkçkç
Excluireu tbm gostei mto do seu texto fabiano
ResponderExcluiressa cronica acaba sendo uma licao de vida pois se o homem não fosse dominado por um senso de orgulho egoísta, pensado apenas no seu bem estar próprio e estando mais interessado com o bem estar de outrem, a vida certamente seria muito mais satisfatória.eu achei mto enteressante e na minha opniao comcordo con levon, vc deveria pensar em escrever um livro
brunna caroline santana barbosa
sala: 5
turma: sabedoria
muito boa cronica eu gostei da parte que a fernanda vai dar foi procurar os seus pais e estava com medo e teve uma surpresa quando chegol parabens fabiano.
ResponderExcluirMATEUSFELIPE DIAS BARBOSA
SALA 5
TURMA SABEDORIA
Após ler o texto pude concluir que todo dia aprendemos algo, a vida é um eterno aprendizado e para uma pessoa mudar só depende dela mesma.Ninguuém pode mudar o outro, depende de cada um fazer acontecer o que ele quer ver transformado.
ResponderExcluirHyan Clever Oliveira Antunes - sala 05
Uma história muito interessante e de onde se tira uma moral, que se voce faz uma coisa errada, pode concertarmais vai ter marcas q vocÊ naum vai poder concertar.
ResponderExcluirÊnio Filipe
Sala 05
Sanbedoria
Gostei muito dessa história, pois com ela aprendemos a acreditar cada vez mais em nós mesmos e nunca desistir pois para mudar só depende de nós... e como todos já disseram parabéns Fabiano issso é um dom e deixe ele fluir em ti não pare.. estaremos esperando o próximo ok?
ResponderExcluirKeyle Karoliny
sala: 05
9° Sabedoria
O texto é muito lindo,pois mostrou que mesmo com as dificuldades a família no final superou tudo.
ResponderExcluirBruna Moreira Alves Sala:05 Turma: Sabedoria
Eu entendi que essa família teve suas dificuldades,mas foi superada.
ResponderExcluir"Não pense só em si mesmo,pois a união de uma família vale muito."
Anelisa Pereira Santos 9ºano Sala:05 Turma:Sabedoria
Gostei muito desse texto ,porque se trata de uma família que consegue superar tudo que vem pela frente e depois acaba tudo bem e que serve de exemplo para muitas pessoas no nosso dia-a-dia.
ResponderExcluirTarsisio Gomes Silveira n:31
sala:05, 9 ano
turma:Sabedoria
Em relação ao texto”vidas transformadas” percebi que ele relata sobre varias situações em vidas diferentes, pessoas que lutam pela família,gente que dão a própria vida para se esforçar no trabalho, quem sonha em ter uma vida transformada como uma lagarta se transforma em uma borboleta,ou seja,(ir do fracasso ao sucesso) essa e aminha opinião
ResponderExcluirnome:Gustavo silva cavalcante n°:13 sala:05 turma:sabedoria
Este texto relata situações que acontecem na vida real, e que todas as pessoas tem a chance de poder ter as suas vidas transformadas. Apesar de Fernanda ter passado por muita coisa ela teve a chance de mudar,e aprendemos que nunca é tarde para superar as dificuldades que passam por nossa vida, e para isso acontecer é só preciso que você queira, tendo paciência e dedicação. Tendo assim na tua história um final feliz! Pois do casulo sairá uma linda borboleta!
ResponderExcluirALUNA: Amanda Gonçalves da Silva
SALA: 6-Alegria
EU GOSTEI MUITO DESSA HISTÓRIA, POIS MOSTRA UMA LIÇÃO DE VIDA E NOS SABEMOS QUE MUITAS COISAS Q ESTÃO NO TEXTO SÃO SITUAÇÕES DA VIDA REAL, MUITAS PESSOAS COMETEM ISSO.PARABÉNS FABIANO O SEU LIVRO FICOU ÓTIMO!
ResponderExcluirALUNA:ISABELLA KATRINY SANTOS E SOUZA
SALA:6-ALEGRIA
VESPERTINO
ESSE TEXTO É UMA LIÇÃO DE MORAL PARA NÓS POR QUE NÃO DEVEMOS FAZER ISSO POR QUE ISSO É MUITO GRAVE POR ISSO o QUE FERNANDA FEZ É MUITO GRAVE E NINGUEM DEVE FAZER ISSO PORQUE OS PAIS PODEM FICAR DECEPCIONADOS
ResponderExcluiradore a historia fabiano
ALUNA: sarah de oliveira ramos
sala:6-alegria
vespertino
Eu achei este texto muito interessante porque está retratando a realidade que é sobre o furto e que tem pessoas que depois de muito tempo envolvida o nesse problema um dia ele ainda consegue se livrar tendo a sua vida transformada que é o assunto desse excelente texto e esse texto é muito bom para refletir, então antes da pessoa praticar é melhor ele pensar.
ResponderExcluirWesley Resende da Rocha
Sala 05 Sabedoria, matutino
Esse texto foi uma excelente postagem, pois trata de coisas que em Taiobeiras está muito comum como os furtos, e com esse texto poderá ajudar muitas pessoas a não praticar tal ação. Não só na questão dos furtos,mas também para as pessoas fazerem novos planos para Taiobeiras ser uma cidae melhor na questão do meio ambiente visto que na nossa região está tendo muito desmatamento. Com essa informação talvez possa vir na mente de várias pessoas deixarem de desmatar e começar a plantar e ajudar a natureza.E vimos também que aceitar conselhos pode ajudar muito.
ResponderExcluirSala 05, sabedoria, matutino
Achei super interessante o texto Vidas Transformadas conta uma historua de vida muito interessante, serve de lição a todos aqueles que cometeram erros repensar no que fez para concertar os erros cometidos. Prabéns Fabiano o seu texto ficou muito bem interpretado por todos aqueles que leram. ALUNA: Vanessa Fabiana SALA:6 Alegria
ResponderExcluireste livro e otimo ele em centiva as pessoas que todos somos enquais as outra que não tem de ferença porque todos somos inquais(...)
ResponderExcluirEu aprendi que avida é feita de escolhas e decisões, e é você que as deve fazer pois não importa o que os outros dizem,porque não é a opinião do outro que vai mudar a sua vida, é a sua escolha.
ResponderExcluirAprendi que vc não deve criticar os outros antes de ver seus próprios defeitos, e também porque você não iria gostar que te criticassem.
Parabéns fabiano adorei a
história ela é bem convincente
de que não faz tanta diferença
da realidade.
JHONATAN
Nossa Fabiano, parece que você tem um dom para escrever coisas que mechem com o sentimento mais profundo que todos nós temos, fazendo-nos chorar por saber que isso pode acontecer com qualquer um de nós, pois a dificuldade nos leva a fazer coisas que nunca imaginamos fazer um dia...
ResponderExcluirE a vida é feita de escolhas, pois se escolhermos o caminho errado uma vez, podemos nos arrepender depois, assim como fala no texto:você pode tirar os pregos, mais continuaram marcas que jamais conseguiremos apagar!
E eu quero que você Fabiano continue usando esse dom que está dentro de você para nos tocar e nos fazer refletir sobre como devemos levar nossas vidas para que conseguirmos aquilo que está acima de qualquer obstáculo: A FELICIDADE!!
Estaremos esperando o outro magnífico texto que você irá nos proporcionar a ler e refletir de como deveremos tocar nossas vidas para que sejamos pessoas realizadas, felizes e orgulhosas de poder ter tido quase uma honra de sermos alunos(as) de um professor tão magnífico como você Fabiano!
Bjs e estarei atenta e ansiosa para ler a sua próxima obra!
SALA: 06
ALUNA: Sanny Alves Dos Santos
parabéns fabiano,parece que vc leva jeito para escrever texto.eu achei o texto interessante pq ele conta uma história que pode acontecer com qualquer pessoa na vida real,mais a parte que eu gostei mais foi a parte que fala que fernanda já tinha ganhado muita experiencia de roubar sem ser notada e,ela achava que nunca seria descoberta,eu gostei muito... sala;06 aluno;ian lucas
ResponderExcluirEu gostei muito,por que os irmãos que virarão ladrão arrependerão passou dois anos o pai de Miltinho morreu esfaqueado e Miltinho morreu assidentado.
ResponderExcluirEu gostei muito,por que os irmãos que virarão ladrão arrependerão passou dois anos o pai de Miltinho morreu esfaqueado e Miltinho morreu assidentado
ResponderExcluiraluno: Antonio Natan Pereira da Silva
sala:6 alegria
Eu gostei muito da estoria,ela reflete sobre a historia real e isso pode acontercer a qualquer momento.
ResponderExcluiraluno:Lucas Dias Oliveira
sala:6 alegria
eu gostei muito do texto criativo , atencioso para todos nos sala :5 felicidade
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