sábado, 27 de outubro de 2012

Professor, tu és “o cara”!



Importante profissional brasileiro: o professor. Com horários diversificados, ele trabalha incessantemente. Na segunda-feira, pela manhã, o professor de Língua Portuguesa, por exemplo, vai dar aula sobre “argumentação”. No sábado ele separa alguma bibliografia sobre o assunto, pois sua aula deve ser bem fundamentada. Lê, lê e relê quantas vezes forem necessárias para assimilar o que está sendo dito, como se nunca tivesse estudado o assunto. Procura outro autor para comparar com o que foi buscar em sua biblioteca. Afinal, há fala diversificada para o mesmo tema.
No domingo prepara a aula com tudo aquilo que conhecemos: objetivo, metodologia, desenvolvimento, referências bibliográficas, mais alguma coisa que na hora parecerá necessário.

Pela manhã, na segunda-feira, sai de casa para o primeiro compromisso. À tarde, às vezes, permanece na mesma escola em que trabalha e vai para outra à noite. Outras vezes ele trabalha um turno em cada escola. Há os que podem trabalhar apenas 2 turnos. Nos 3 turnos de trabalho, ele já ministrou, mais ou menos, 12 horas de aula. Dessas 12 aulas, sobre “argumentação”, não faria muito sentido se não fizesse um exercício em que o aluno demonstrasse que entendeu o que ele ensinou. Assim que, obviamente, a atividade é construção de texto. Para fazer essa construção há que debater o tema com a turma. Esforço feito com base em muita leitura e desenvolvimento de opinião. Em cada turma esse professor tem, mais ou menos, 35 alunos, totalizando 210 nos 3 turnos de trabalho.
 
O professor recolhe 210 textos, na segunda-feira, para corrigir em casa. Claro! Como trabalha 3 turnos, não tem como corrigir depois das aulas. Fará isso no final de semana. Mas, espera! No final de semana ele tem que fazer planejamento de aula! E terá que fazer o planejamento embasado no que os alunos aprenderam durante a semana! Como assim?

Sim, sim! Ele terá que corrigir os 210 textos. Ver os pontos fracos dos alunos e, a partir daí, trabalhar outros conteúdos que estão relacionados com “argumentação”. Mas isso não para nunca? Não, não para nunca! O aluno pode saber argumentar e ter problemas de redação, ortografia, estrutura frasal etc. que devem ser sanados, caso contrário, comprometerá todo o trabalho do professor.
E depois disso? Depois disso começa tudo novamente. O assunto muda, e o professor deve fazer o mesmo trajeto para alcançar seu objetivo. Leituras prévias, planejamento de aula, debates, correção das atividades, dar feedback.Tudo por que, dar aula de Língua Portuguesa para nativos dessa língua, é ensiná-los a argumentar em seu idioma, compreender os nuances dos fenômenos linguísticos, entender e ser entendido em sua própria língua.

E a vida particular do professor? Agora eu pergunto, como assim? A vida particular do professor é essa! Mas e a família? A família, provavelmente, comunga da mesma ideia, absolvendo-o de seus “pecados familiares”.

Mas isso não é vida! Claro que é, é a vida que ele escolheu. Mas ele não é valorizado! Ah! Aí a conversa muda de rumo. Por alguma razão há uma dificuldade extrema em valorizar o professor em muitos aspectos. Mas isso não acontece aqui, na Escola Estadual Presidente Tancredo Neves.  E é isso que queremos hoje, desejar um feliz dia do professor a todos os professores brasileiros, pois sabemos do seu valor.
Professor, tu és “o cara”!

Abraços...

Gabriela , Leoniza  ,Vanusa, Ivonilde  e  Iêda.












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